No período da gravidez, a mulher sofre algumas alterações no seu sistema imunitário. Algumas doenças e infeções que são preveníveis através de vacinação, apresentam maior morbilidade e mortalidade na grávida e podem estar associadas à ocorrência de aborto espontâneo, anomalias congénitas, prematuridade e baixo peso à nascença. Como exemplo, temos a infeção pelo vírus da gripe, onde as grávidas apresentam maior risco de doença grave, hospitalização e morte quando comparadas com a população adulta saudável.

A administração de vacinas e de outros fármacos à mulher grávida acompanha-se frequentemente de preocupações de segurança relacionadas com o desenvolvimento fetal. A vacinação durante a gravidez demonstrou ser segura em algumas situações (nomeadamente em doenças causadas por vírus respiratórios), proporcionando não apenas proteção para a mulher grávida, mas também para o feto, recém-nascido e lactente. Tal é possível devido à transferência de anticorpos que ocorre através da placenta e do leite materno e que irão proteger o bebé durante os primeiros meses de vida, período de maior vulnerabilidade a algumas infeções, como por exemplo a tosse convulsa.^{107, 109}