Varicela

Mais de 90% das pessoas são infetadas antes da adolescência, levando a um absentismo escolar e profissional significativo.⁷¹

A varicela transmite-se de pessoa para pessoa:

• por contacto direto, quando alguém toca nas borbulhas ou em objetos contaminados.⁷¹
• por gotículas de saliva da pessoa com varicela, quando espirra, tosse ou fala.⁷¹

Os principais sintomas são: ⁷⁰

Febre ligeira (por vezes grave no adulto), dor de cabeça, mal-estar, falta de apetite e erupção da pele.

Surgem pequenas manchas vermelhas (máculas) que evoluem para lesões sólidas da pele, em horas, seguindo-se, durante 3-4 dias, a formação de vesículas (pequenas bolhas) que progridem para a formação de crostas. Estas lesões da pele são caracterizadas pela comichão que causam.

A erupção da pele inicia-se no tronco, passando para extremidades como couro cabeludo, axilas, boca, face, trato respiratório ou para áreas com irritação cutânea, como é o caso de queimaduras solares e dermites por fraldas.

A complicação mais frequente é a infeção bacteriana através das zonas da pele onde existem lesões da varicela. Nos casos mais graves podem ocorrer infeções graves de outros locais, quer pelo próprio vírus quer por infeção bacteriana, como por exemplo no sistema nervoso (encefalite) ou no pulmão (pneumonia).⁷¹

Os recém-nascidos, adolescentes e adultos são mais suscetíveis a complicações. Também as grávidas e os indivíduos imunocomprometidos (como os que fazem quimioterapia) estão mais sujeitos ao aparecimento de complicações graves.⁷¹

Em quase todos os casos, a varicela é uma doença autolimitada e o tratamento sintomático é, geralmente, suficiente.⁷¹

A forma mais eficaz de prevenir esta doença é através da vacinação cuja recomendação é feita pela Comissão de Vacinas da Sociedade Portuguesa de Pediatria e Sociedade de Infecciologia Pediátrica.⁵⁹, ⁷⁰